Em homenagem à Copa do Mundo que passou, uma foto da Bumbunzela |
Já repararam quanto tempo a gente gasta correndo atrás de coisas que, normalmente, não são em nosso benefício? No trabalho, então, é o que mais rola. Num dia normal, quando a gente está cheio de coisas para fazer e acha que já está terminando uma tarefa para começar a próxima, eis que surge a necessidade de alguma informação. E quem é que a tem? Quem é que possui a chave da porta que abre para o caminho das pedras?
Normalmente ninguém.
Aí vem uma voz de comando te dizer que você precisa terminar aquele documento em poucos minutos, horas, sei lá. E tem que correr para todo lado, tem que selar, carimbar, assinar, pagar e, muitas vezes - mas muitas mesmo! - perceber que alguma coisa saiu errada no processo. E volta lá, espera mais uma ou duas horas, bate perna por aí. Como dizem os franceses, é bom suar...
Trocadilho à parte, o pior de tudo é quando a informação que te falta vem incompleta ou quando acaba por te desinformar ainda mais. Tipo assim: o cartório é logo ali na região Sul da cidade. Leva uns 40 minutinhos para chegar lá. Mas, na verdade, o cartório fica na região Norte...
Entre idas e vindas há sempre o chá de cadeira. Meu conselho é sempre o mesmo: se você puder, contrate um office boy inteligente. Não devem andar dando sopa por aí, mas... se você tiver um pouco de sorte...
Minha empregada, por exemplo, vive peregrinando de hospital em hospital para ser (ou não ser) atendida pelo SUS. Trabalha há anos comigo e, segundo ela, sofre de várias doenças. Deve tê-las contraído nesses hospitais. Pago do meu bolso alguns exames para adiantar o lado dela, mas ainda assim tudo é muito demorado.
Ela pode ir ao médico se queixando de dor nas costas, agendar um atendimento para dali a três semanas e, quando for a hora da consulta, já ter curado a dor nas costas e estar sofrendo de uma gastrite. E se não estiver, ela acabando inventando sintomas e se convencendo de que tem algum problema, afinal, não é toda hora que o médico de um hospital público pode atender. Tem que aproveitar a oportunidade e criar uma doença.
Claro, de posse do atestado, vão aí uns dois dias sem vir ao trabalho. (Já repararam que empregadas domésticas adoram ficar doente às sextas-feiras? Pois é.)
Mas elas vão de hospital em hospital rolando as suas doenças, inventando algumas e contraindo outras. Leva mais ou menos uns dois anos para que se lembrem daquela antiga dor nas costas. Aí, marcam uma nova consulta e iniciam o mesmo ciclo vicioso mais uma vez ad infinitun.
Se você puder, além de contratar um office boy inteligente, inscreva sua empregada na Unimed ou em algum outro plano de saúde para que ela possa tratar a dor nas costas e não adoeça nunca mais.
Isso além de pagar INSS, dar auxílio-transporte, recolher fundo de garantia, dar o remédio do seu filho prá ela não ter que comprar um vidro caaaro por causa de 3 ou 4 doses. Daí você não aguenta a despesa, demite a bonita e ela te processa. E ganha!
ResponderExcluirNinguém merece...